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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A angústia bateu à minha porta

     Sim, ela bateu, como em dias loucos, totalmente sem razão, de leve, e violenta, deixando-me com medo, deixando o medo comigo, que veio sem ser convidado, me desencorajando a deixar você ir da próxima vez, a angústia disse "você pode perdê-lo, e o que vai ser da sua vida sem ele?", então não respondi, só agonizei, como ela me ordenou, então o medo escorreu dos meus olhos como um líquido que chamam de lágrima, mas na verdade é sentimento. Então pensei, agonizei, apenas por segundos, e depois a agonia que chegou atrasada, em pé ficou ao meu lado, me observando lutar contra o medo de ser abandonada por você. 
     Pode ser normal, mas me desespera saber que posso fazer isso aconteceu com palavras e atos referentes a você, tenho medo, o mesmo medo que me dá quando penso em morrer e não acabar de viver, mas então chega a ideia um tanto reconfortante de eu estar apenas com saudade, ou apenas querendo não mais te soltar, quando nem te tocar consigo. 
     Sentimentos escorridos pelos olhos, me dizem que você é a razão de cada sorriso meu, e que nada é maior que isso que sinto.

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

tentando explicar sentimentos.

          Paixões, são confundidas com amor, amor com amizade, amizade com amor, amor que vira ódio, ódio que vira lágrima, que cai e te fere, mais que facas de decepção, com chuvas de desespero, num mar de desconfiança, num mundo de sentimentos ocultos, por tiros de insensibilidade dados num coração que batia por felicidade, felicidade que virou dor, na tempestade de ódio que virou esperança, esperança de um dia criar vingança, a quem feriu o coração feliz.
           Sentimentos multantes, que consomem corações confusos sem saber o que dizer de um amor, que talvez é só paixão, ou de achar que paixão, é só amor, ou apaixonar-se por uma amizade que é consumida por desejos um dia ditos para alguém que agora se afoga em medo de continuar amando uma amizade que o deseja, e o desejo cresce, a amizade vira paixão, arde no fogo da paixão que agora é amor, amor meio amigo, que sabe construir os dois, e que de repente vira raiva jogada na cara do amor, que vira arrependimento, de não ter sido só desejo, e ser agora um amor, junto com sofrimento.
           Sentimentos confusos, daqueles que ainda se afogam  nas dúvidas, ou das certezas de amizades plenas, e de apenas desejo, desejo que não evolui pra amor, mas sem explicações, não se cansa de ser desejo, que todos acham que é paixão, paixão que não existe, no coração do desejo, que não abre espaço pra sofrer, com a paixão que vira amor, depois de um terremoto de confusões, nos multantes sentimentos, nessas coisas que não se explicam, só mudam. Oscilando de raiva a perdão, a amor, a ódio, a paixão, a um buraco no chão, onde não se enxerga o fim na escuridão de sentir, mas que não se desiste de acender a luz no fim do túnel da paz.