Mas o que posso aqui escrever é que esse sentimento não nasce desde a primeira vista, não cresce muito saudável e nem nas terras mais férteis, não vive de belas palavras, e nem sempre também de belas atitudes, não é cego, nem surdo, nem mudo, não é como nos filmes, não está nas poesias, e nem sempre nas alegrias, não vive de presentes, e nem sempre é decidido, não é bem vindo em todos os corações.
Amor nasce de onde menos se acredita, de corações duros como pedras que se tornam leves como roupas de verão. Cresce em desertos, por baixo da areia e aparência inabitável. Amor xinga, aponta e grita defeitos, mas os torna muito mais belos que qualquer conto de William Shakespeare. Amor erra e faz sofrer como nenhum outro sentimento, se arrepende, muda, volta atrás, e ainda assim é melhor que nada sentir. Amor vê, sente, ouve, enxerga, e aceita tudo muito mais do que aceitaria a perfeição. Amor é duro, nem sempre está feliz, e dificilmente juntar um livro caído das mãos de uma dama na escola será amor, e digo mais, dificilmente será mais que gentileza. Amor é muito mais chorão do que todos acham, as lágrimas são mais frequentes que sorrisos, mas essas tais lágrimas salgadas são tão belas quanto eles, e não há lágrimas mais alegres do que as de amor. Amor se questiona, dificilmente tem certeza se é o certo, mas sempre tem certeza de que vale a pena. Amor é odiado, massacrado, e talvez por isso confunda com dor os corações que o sentem, amor quer provar que amar é muito melhor que ser frio, amor é o sentimento mais lindo, mais sincero, mais corajoso, o sentimento mais feliz e mais realizado, que na maioria das vezes é confundido com apenas paixão, ou apenas atração, não sabem quanto perdem os corações que não amam, pobres os que tentam cortar o amor pela raiz, sábios os que percebem que amor não as possui, e que de forma alguma há como arrancá-lo.
Para aquele que me faz feliz, MA!
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